segunda-feira, 13 de março de 2017

Como é, como funciona, o sensor de posição de borboleta.

          Sensor de borboleta é um dispositivo extremamente útil ao sistema de injeção eletrônica.
         Colocado no eixo do corpo do TBI (throttle body injection) é ele o responsável por orientar a ECU (Engine Control Unit -=Unidade de Controle Eletrônico) a posição em que se encontra a borboleta. Borboleta é o nome dado a uma pequena tampa metálica que fixada no eixo do TBI, tem a função de abrir e fechar a  entrada de ar para o motor, Função básica para a aceleração do mesmo.

                              TBI( throttle body injection)
A ECU (próxima postagem) depende de informações, como a posição da borboleta, esta é movimentada pelo pedal do acelerador, é uma alavanca, que tem o formato adequado para dar um conforto maior ao condutor do veiculo. Ela puxa um cabo que aciona o eixo da borboleta ou TBI acionando também o sensor. Estas informações é que da os parâmetros para a ECU injetar a quantidade de combustível que o motor precisa, para aquela aceleração que o condutor esta exigindo.


         O sensor é composto por um famoso e antigo componente eletro eletrônico, o Potenciômetro ou resistor variável.
POTENCIOMETRO
Ele possui uma pista de material resistivo ou resistência, carvão ou fio, esta de uma grandeza física (de proporção logarítmica ou linear) nesta pista retira-se informação que nada mais é, o valor da voltagem encontrada no percurso da pista do resistor. Resistor este que esta ligado a uma diferença de potencial (voltagem), geralmente 5 volts, voltagem esta que trabalham os processadores. Através de uma chapa metálica presa de forma que acompanhe o movimento do eixo. O outro extremo desta chapa, entra em contato com a pista do resistor, a voltagem encontrada vai para o terminal de saída do sensor, indo então para a ECU através de fio. Então este é o sensor de posição da borboleta!


                                 Um pouco de historia.

           O potenciômetro muito usado ate hoje em principalmente rádios, nos controles de volume dos mesmos. Perderam bastante espaço para os sistemas digitas, controlados por processadores. Foi inventado pelo;  Cientista e inventor norte-americano Arnold Beckman. Nascido a 10 de abril de 1900, em Cullom, no estado do Illinois, e falecido a 18 de maio de 2004.

        Em 1940 inventou um potenciómetro, uma peça de precisão eletrônica, e um espetrômetro de quartzo, destinado a medir os comprimentos de onda dos traços de um espetro luminoso. Este instrumento revolucionou as análises de químicos, pois era mais preciso e rápido nas investigações. Seu segundo invento dependeu quase que exclusivamente do primeiro.

            Em 1988 Arnold Beckman recebeu a Medalha Nacional de Tecnologia dos EUA, no ano seguinte, recebeu a Medalha Nacional da Ciência pelo contributo que deu ao desenvolvimento científico.
Hoje em dia, a Beckman Instrument empresa fundada por ele, é líder na produção de produtos e instrumentos científicos utilizados em todas as áreas.

       Obrigado.

       E não esqueça, vamos compartilhar!

segunda-feira, 6 de março de 2017

O arranque moderno.



          Antes uma observação! Novidade no blog! Esquemas elétricos de minha autoria. 

Arranque antigo

Fizemos o detalhamento do arranque antigo e seu funcionamento. Neste, faremos o mesmo com o arranque moderno.                                                   
Arranque moderno

                                               Moderno quer dizer inovação, melhorias em vários sentidos. Neste temos; No consumo de energia no tamanho da peça e ate na manutenção. Isto trouxe vários benefícios tanto para o fabricante de automóveis quanto para o consumidor e para os profissionais que fazem a manutenção.
       O consumo de energia bem mais baixo que dos antigos, reduziu cabos e ate a bateria, que hoje pode ser com amperagem bem mais baixa. A redução dos cabos citados é devido à diminuição da corrente que é exigida pelo arranque, com isso pôde diminuir a seção dos cabos, obviamente diminuindo no custo em geral.
       A diferença do moderno esta basicamente na substituição de bobinas de campo por imas, com isso o induzido pode ser bem menor, agregando no mesmo, suficiência na partida e melhor acondicionamento no motor à combustão. Já que com os novos sistemas que envolvem o controle do motor, por meio da eletrônica, surgiram vários sensores e atuadores que dependem de outras peças para melhor desempenho dos mesmos.
Carcaça polarizada

O arranque moderno ainda continua com o mesmo solenoide ou automático, mas mudaram o material, por exemplo: da alavanca ou garfo, que antes era de metal, e agora é de fibra de carbono, plástico ou náilon. Outra peça que foi inserida no arranque moderno em alguns casos, a planetária, para melhorar o torque, com uma potencia bem menor. Também é de material, plástico, obviamente o eixo é de metal!
Planetária

O funcionamento do motor de partida moderno.
A corrente que sai do contato do automático, quando acionado, é levada diretamente ao induzido através das escovas polarizadas, fazendo girar. Com as placas de imas inversamente polarizadas ao campo magnético criado na armadura do induzido, agindo com mais força, desta forma fazendo girar mais rápido. Transmitindo esta velocidade para a planetária, que tem a função de transformar velocidade em força (redução). Então temos um motor mais eficiente, já que depende de pouca potencia, esquentando menos, e com isso consumindo menos energia.

Esta é a diferença entre os dois tipos! O restante do funcionamento do arranque esta no post; Como é? Como funciona? Para que serve o motor de arranque ou partida? É só conferir.
Comente e compartilhe, obrigado e até mais!
Curió...sidades...
 Objetivos deste blog.

       ESQUEMAS ELÉTRICOS: não é só de veículos!
Tudo que é ELÉTRICO. Em breve!

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sexta-feira, 3 de março de 2017

Luz indicadora EPC. VW. o que é realmente!

       Luz indicadora EPC


       O que significa EPC que acendeu no painel do veiculo?
        
       EPC: Engine power control ou eletronic power control.
 
       Ao ligar a chave do veículo esta luz deve acender junto as demais, ao funcionar o motor ela deve apagar, se não, tem problema!
              
      "Esta luz monitora o sistema de aceleração do motor". Assim diz a VolksWagem

       Bom, em meus poucos anos de trabalho, tenho visto muitos casos desse tipo. alguns consegui resolver e outros que por impaciência dos clientes,não. Foram embora com a EPC acesa. Isto muitas vezes e desanimador, tanto para os proficionais quanto para os clientes! Muitos desistem do veículo!
       Antes de escrever este post., fiz uma pesquisa no Google e observei que existem vários blogs que tratam do assunto, mas, não sei o motivo, não tratam o assunto por completo! E é esse o meu objetivo. Já disse que a VW informa sobre o assunto, o que é muito vago!

      Vamos então: EPC é uma sigla em Inglês; Engine power control, ou, eletrônic power control. o que realmente importa é o que ela quer nos dizer quando acende.

      Vou descrever varias situações em que ela acendeu, e consegui resolver! Começando pelas mais simples e mais casuais.
     
      A primeira que vou descrever é referente as luzes de freio, o sistema que controla o motor UCE ou centralina ou aqui chamado pela VW de EPC, possui uma programação chamada cut off, ou corte de combustível. Este corte serve para que o motor entre no regime de reduzida, quando é retirado o pé do acelerador. Ai vem a relação do pedal de freio, ou do sistema de luzes de freio. quando o condutor quer reduzir o veiculo ele pisa no pedal do freio, onde o interruptor de luz de freio esta fixado,acendendo as luzes localizadas na traseira do veiculo. O sistema de luz de freio é composto por: fusível, fios, conectores, placa de circuito, soquete, lâmpada e o interruptor de luz de freio. Este ultimo, já falamos em outro post, confira! Neste mesmo interruptor manda uma corrente para a centralina que faz o cut off, baseando nestes dois parâmetros o potenciômetro do pedal, que na verdade são dois, e do interruptor. Quando este não funciona a luz do EPCacende. E ficara acesa ate sanar o problema.

     O segundo, também acontece muito, são os cabos de velas.

         Quando bem velho começam a apresentar problemas, como por exemplo; rachaduras, oxidação, ou interrupção do conector interno ( fio ). Este faz com que o motor fique falhando ou perde potencia . ai o caso de que quando, falhando, a luz EPC acende as vezes, mas quando perde potencia a luz ficará acesa direto. Para apagar a luz EPC, basta trocar os cabos, é simples, e você poderá seguir os passos na postagem do meu blog; Como instalar ou trocar os cabos de vela ou ignição. Confira! 

O terceiro pode ser a bobina que neste caso são duas, dentro de um involucro, que você vê abaixo.
      Sabemos , que, uma bobina é algo enrolado, não é isso?
     
      A nossa bobina ou bobinas são de fio de cobre, é um transformador de alta tensão ou voltagem, e baixa corrente. Esta na saída, apresente cerca de 23.000 volts, é isso mesmo(vinte e três mil volts )! Obs.: ao manipular este sistema, que compreende em; bobina, cabos de velas e velas, tem que tomar muito cuidado com choque. Que é muito forte, chega a adormecer o local, onde entrou.Geralmente os dedos. Até hoje não ouvi falar que auguem tenha morrido com o choque. Eu mesmo já tomei vários, e estou aqui, graças a baixa corrente. Ao contrario seria fatal. Voltando ao tópico, esta bobina pode queimar ou romper o fio do enrolamento, trincar seu involucro, que geralmente é feito de material epóxi, ou oxidar os pinos de entrada de pulso e alimentação, quanto também as saída (bornes). Qualquer destes motivos ocorrido acenderá a luz EPC. Neste ultimo caso, podemos fazer uma limpeza ; na entrada e saídas da mesma, isso poderá resolver. Nos outros casos deverá trocar a bobina.

    Quarto: cabos e conectores do sistema eletrônico que controla o motor. O conector da centralina, bicos, sensores e atuadores poderá, quando com problema, fazer com qe a luz EPCacenda.Omesmo deverá ser corrigido para que aluz se apague.


      O quinto; temos em todos os veículos, o sistema de alimentação elétrica. Este composto de vários itens, e dois sistemas dentro do sistema de alimentação; o primário e o secundário. O primário que compreende, a bateria, cabos,alternador ,terminais, fusíveis, terminando no comutador de ignição, onde começa o sistema secundário ou pós chave. Este compreende a fios, conectores, fusíveis que irá alimentar principalmente a atuadores, como ventunha, bobina, faróis, limpadores, e etc... Veja então que, um veiculo tem vários atuadores, e a maioria desses estão ligados ao sistema secundário ou linha 15, muitas vezes sobrecarregando o comutador de ignição (muito conhecido como contato da chave ). Devido a esta sobrecarga , cria uma resistência em seus terminais e contatos, tendo assim uma baixa de tensão ou voltagem na linha do  15. Tendo vários problemas, nos atuadores, reduzindo a potencia do motor, acendendo aluz  EPC. Neste caso devemos substituir o comutador.

      Sexto e ultimo ( não sendo somente estes os casos, é claro!) No mês de janeiro, fiz uma postagem, que tratava-se de um voyage que chegou na oficina com baixa potencia e a luz EPC acesa. Foi diagnosticado que ele havia queimado a junta. Então retirei o cabeçote e constatei, que não se tratava de junta queimada, mas sim de corrosão do cabeçote.Corrosão esta, ocasionada por fluido ou aditivo de radiador. Confira a postagem! Resolvido o problema o motor voltou a funcionar normal e a luz  do EPC apagou.

      Então meus amigos, vocês poder ver que a vários motivos para que esta lampada acenda!

      Conclusão: Esta é a lampada piloto que monitora a rede CAN (trataremos em outra postagem) Rede esta, que são vários computadores interligados, tendo como principal o sistema de controle do motor, UCE ou EPC.

   Muito obrigado,por chegar ate aqui comigo! E não esqueça, COMPARTILHE, COMENTE, e faça PERGUNTAS  e ainda , seja um SEGUIDOR do BLOG. Isto é mito importante e me dá entusiasmo para continuar!
      Obrigado e até mais!



















quarta-feira, 1 de março de 2017

Como é? Como funciona? Para que serve o motor de arranque ou partida?


      O motor de partida (arranque, assim vou chama-lo) é uma peça de grande importância nos automóveis, sem ele seria difícil dar partida no motor.                    Motor de partida ou arranque
                                   

       Para que o motor a combustão inicie seu trabalho, é necessário que ele comece a girar, para dar inicio ao seu ciclo (falaremos em outra oportunidade). Temos então, o arranque que gira o motor a uma velocidade de mais ou menos 100rpm, logo este entra em funcionamento o arranque se desacopla e fica inerte. Já o motor a combustão gira no regime de lenta a uma velocidade de 500 a 1000rpm. Podemos ver que os dois não são compatíveis em velocidade, por isso é que o arranque tem que se desacoplar, quando o outro começa seu ciclo. No contrario o arranque seria destruído ou seriamente danificado, pela ação centrifuga.

      Até os anos 90, havia um grande inconveniente, desde sua invenção por Kattering (nascido em 1876, em Dayton estado de Ohio, estados unidos e morreu em 1958 (82 anos) no mesmo local, então inventor do motor de partida o S.r. Charles Franklin kattering ), o auto consumo de corrente, com potencia entre ½ a 5Hp. Com isso tínhamos arranques muito grandes e vários problemas com cabos e principalmente com baterias.

     Após os anos 90 tudo mudou, foi adicionado o sistema de planetária (redução), reduzindo o tamanho dos induzidos, eliminando a bobina de campo, substituída por imãs. Reduzindo assim a potencia e também o tamanho do arranque. Melhorando então o gasto com cabos e bateria, já que o consumo de corrente caiu quase dois terços.

     O funcionamento do arranque.

     Vamos tratar primeiro do arranque antigo, depois o moderno.

     Quando o condutor pressiona o botão de partida (start) ou vira a chave de ignição (assunto para outra oportunidade), uma corrente aciona um solenoide (automático) o mesmo desloca o pistão que puxa uma alavanca (garfo), que empurra o impulsor de partida (bendix), este atraca na cremalheira do volante do motor a combustão, girando o mesmo (veremos em seguida).
Solenoide ou automático

     Soltando o botão ou a chave a corrente é cortada do solenoide e este desatraca o Bendix do volante do motor. Através de uma mola que empurra o pistão para fora assim como a alavanca que puxa o Bendix. Esta não é a única função do solenoide!
Alavanca ou garfo

     Ele é também uma chave elétrica (rele). Quando o pistão é puxado pelo solenoide ele empurra uma haste que cravada em uma chapa de cobre faz contato em dois pontos. Um ponto é a entrada de corrente, que através de um cabo de + ou – 16mm, vindo direto do polo positivo da bateria, o polo negativo vai na carcaça do arranque. O outro ponto entra no arranque alimentando-o com corrente da bateria. Soltando o botão ou a chave, o pistão volta através da ação da mola, recolhendo a haste abrindo assim o contato, interrompendo a alimentação de corrente no arranque.
Impulsor de partida ou Bendix
 

     Ate aqui falamos do automático (solenoide), entendemos que o mesmo além de atracar o eixo do arranque com o motor a combustão através do bendix, também é uma chave elétrica que liga e desliga o motor de partida.

      Agora vamos ver o funcionamento do motor que tem poucas peças e são fundamentais, que são: bobina de campo, induzido, suporte de escovas, buchas e ou rolamento, carcaça, mancais e sapatas.

      A bobina de campo é feita de fio ou cabo de cobre, enrolado de forma a se obter um campo magnético nas sapatas de polarização.
Carcaça do arranque com bobina de campo e sapatas.

      Sapatas de polarização são barras de ferro que tem como função; prender a bobina de campo na carcaça e também polarizar inversamente o induzido.

     O induzido fica no eixo do motor de arranque, e é ele que faz o eixo girar. É composto armadura (gaiola ou blindaem) enrolamento de cobre e em raríssimos casos com alumínio, e coletor.
Induzido

     O coletor interliga o enrolamento da armadura de forma a criar um campo magnético contrario das sapatas de polarização. É também responsável por coletar a corrente através das escovas que são polarizadas.

     Bucha ou rolamento, mantem o eixo do induzido centralizado e a armadura há uma distancia mínima das sapatas. São fixadas nos mancais que são chamados de; o dianteiro de foucinho e o traseiro de tampa.

     Suporte de escovas é responsável por manter as escovas pressionadas ao coletor do induzido.
Suporte de escovas.

     Além dessa existem outras pequenas peças como; arruelas, parafusos, travas e etc... 
kit de reparo

     Conhecendo as peças vamos ao funcionamento.

      Fechando o contato no automático, a bobina de campo é energizada, produzindo um campo magnético sobre as sapatas de polarização, e também o induzido, através das escovas. Lembrando que a polarização magnética das sapatas, são inversa a da armadura do induzido, produzindo assim o movimento de rotação do mesmo. Outra importante informação! O induzido e a bobina de campo são ligados em série.

      Basta dizer agora que o arranque tem a finalidade, através de um torque suficiente, girar o motor a combustão. Este torque é produzido por uma potencia de mais ou menos 3Hp.

      Há sim, temos descrever o arranque moderno! Mas esse fica para o próximo post. 

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     Obrigado, até mais!